Já estava dia
quando chegamos em uma estação antiga chamada Jury. Nos aproximamos com cuidado
da cidade para evitar qualquer ameaça.
Havia algumas
lojas abandonas pelo local, mas sem nada que pudesse ser aproveitado ali
dentro, mas pelo menos serviria de um local para descansar.
A primeira
coisa que Michelle e eu fizemos ao adentrar o local foi investigar se não havia
indícios de estar “habitado”, afinal não poderíamos correr o risco de algum
raider desgraçado aparecer e nos atacar. Mas não havia colchões, marcas, ou
qualquer coisa que demonstrasse isso. Na verdade, o local parecia vazio tinha
alguns anos. O máximo que encontramos foram algumas radbaratas por aqui e
Michelle deu conta de todas elas.
De acordo com o
mapa em meu PipBoy, estamos entre Arefu e Megaton que está ao leste de nossa
localização, poderemos descansar um pouco por lá, comer alguma coisa e partir
finalmente para Citadel.
Michelle
finalmente coloca seus equipamentos sobre o chão enquanto senta com as costas
viradas para a parede. Ela parece bem cansada, havia sido realmente uma noite
muito longa.
- Vamos
descansar um pouco Tyller, ainda tem um longo caminho até Citadel.
- Ok, estamos realmente
precisando de um descanso.
- Você parece
distante Tyller, está tudo bem?
- Sim, eu
preciso apenas dormir um pouco.
Mas na verdade
eu não estava nada bem. O rosto daquela mulher que havia se suicidado não saia
da minha mente. E se fosse minha a mãe naquela situação?
Nós poderíamos
ter ajudado, talvez até salvado a vida dela.
Mas poderíamos
ter morrido também...
Nossas escolhas
são tudo que temos, e realmente deixar aquelas pessoas para morrer realmente me
corrói por dentro. Eu sei que meu vault está em perigo, mas se não conseguirmos
ajudar nem algumas pobres almas em uma jaula, como poderemos salvar todos
nossos amigos?
Pobres almas,
mas com pelo menos 15 super mutantes em volta, bem armados e com fome de carne
humana...Michelle está certa. Certamente o mínimo que poderíamos fazer é tentar
ajuda-los, e o pior que poderia acontecer era terminarmos todos mortos.
Infelizmente essa era uma probabilidade muito alta de acontecer e Michelle
sabia disso.
Olhando para
ela, vejo que está em um sono profundo. DeathClaw, supermutantes e radbaratas,
por uma noite isso já é mais do que suficiente.
Talvez ela
saiba lidar melhor com a realidade, ela está em missões com os caçadores da
noite há muito tempo. Mas as escolhas que fazemos nesse mundo pode nos
atormentar para todo sempre. Em cada travesseiro ou rocha que eu deitar para
dormir, minha alma vai carregar consigo essa culpa. O olhar daquela mulher...
quando ela olhou uma última vez para seus companheiros e decidiu que a própria
morte era melhor do que ser esquartejada viva e servir de alimento para aqueles
monstros.
Da mesma
maneira que precisamos da ajuda da irmandade de aço, aquelas pessoas precisam
de ajuda, e infelizmente o depois pode ser tarde demais.
Eu não consigo...simplesmente
não consigo. Eu vou voltar lá!!! Não tenho muita experiência aqui fora, mas sou
um dos soldados de melhor pontuação dentro do vault. Chegou a hora de assumir
realmente quem sou e botar a prova o que eu posso fazer. Minha mãe acreditava
em mim e eu acredito em tudo que ela me ensinou.
****************
1 hora depois ****************************************************************
Eu nem precisei
ter muito cuidado na hora de sair daquela loja para não acordar Michelle, ela
até roncava. Dormia como uma pedra.
Mas agora com
certeza farei a coisa mais idiota ou mais incrível desde que me tornei um
caçador da noite. Escolhas...tudo são escolhas.
Me aproximo
novamente daquele maldito viaduto e parece tudo muito quieto. Quieto demais.
Agora que está dia, não tenho tanta vantagem para me esconder nas sombras. Todo
cuidado é pouco.
Mas cadê todos aqueles
mutantes? Estariam dormindo? Teriam saído para caçar novamente? Vejo apenas um
mutante guardando o local. Muito estranho.
Na jaula agora
tem apenas um homem e uma garota durmindo. Maldição!! Qual teria sido o destino daquelas
outras pessoas?
Cuidadosamente
eu analiso todo o local, mas não vejo sinais de mais ameaças. Talvez a sorte
esteja ao meu lado, ou talvez todos os mutantes estejam dentro das casas
dormindo.
Eu consigo me
aproximar ainda mais da jaula, fico abaixado atrás de um velho carro enquanto o
mutante caminha para o outro lado.
Ao me aproximar
vejo que a garota lentamente acorda e olha para mim surpresa e em seguidas para
os lados a procura de ameaças. Posso ver em seu rosto uma expressão de
esperança, e faço sinal de silêncio para ela. O homem também acorda e aponto
para o mutante enquanto faço sinal de silêncio com o indicador em minha boca.
Como matar essa
sentinela mutante sem fazer barulho?
Ele está
andando de um lado para outro, parece farto de seu serviço. Talvez eu pudesse
joga-lo daqui de cima. A queda com certeza o mataria, mas seus gritos poderiam
chamar a atenção dos outros. Eu devo aguardado momento certo ...
Finalmente o
idiota está parado bem próximo de um dos lados do viaduto, olhando para o
horizonte buscando por alguma ameaça. Ele
nem imagina que está mais próximo da morte do que nunca.
Eu lentamente
pego minha faca de combate e caminho lentamente em direção ao monstro. Meu
objetivo é cortar sua garganta e em seguida empurra-lo em uma queda fatal.
Cada vez mais
próximo, mais próximo...
Então é chegada
a hora ...é agora !!!
Em um rápido
movimento eu parto para cima do mutante que finalmente ouve meus passos próximos
a ele, e quando finalmente se vira já é tarde demais. Eu salto para cima dele
com a faca em mãos. A mesma é cravada em sua garganta. Ele solta seu rifle de
caça e coloca ambas as mãos em seu pescoço mortalmente ferido. Engasgando em
seu próprio sangue só consigo ouvir alguns grunhidos agonizantes. Por fim o
empurro com toda minha força para derruba-lo para a morte certa.
O único barulho
foi de seu rifle caindo de suas mãos, mas parece que não chamou a atenção de
mais nenhuma ameaça.
Eu volto a
jaula o mais rápido possível e olho para todos os lados com receio que alguma
coisa pudesse nos atacar.
- Fiquem em
silêncio. Eu vim tirar vocês daqui.
A garota
chorando agradecia em uma voz bem baixinha, quase que sem emitir som algum:
- Obrigada,muito obrigada, obrigada mesmo!!!
E o homem me
alertou:
- Cuidado, há
alguns mutantes dormindo nas casas, não faça barulho.
Eu analiso em meu PipeBoy, e realmente há vários indicadores ainda em azul, que marcam algum tipo de vida dentro das casas. Muitos Mutantes estão em próximos de nós. Conversamos quase que sussurando cada palavra.
- Ok, mas ainda preciso abrir essa cela, está realmente difícil.
- Ok, mas ainda preciso abrir essa cela, está realmente difícil.
Não posso ter
chegado até aqui para falhar agora, estamos tão próximos de conseguir. Vamos,
vamos ...tem que dar certo. Eu pensei ser melhor arrombador em meus
treinamentos no vault.
- Consegui!!!!
A expressão em
seus rostos é simplesmente indescritível. Há quanto tempo não sorriam trancados
aqui nesse lugar. Mas ainda estamos em perigo, precisamos sair daqui o mais
rápido possível.
- Venham com
cuidado e não façam barulho.
- Ok!!!
Cuidadosamente
nos movimentamos para sair dali sem fazer barulho algum. Cada suspiro que dou,
olho para trás vendo se não há nada vindo para nos atacar.
- Estamos quase
na metade, venham rápido. Temos que sair dali.
- Obrigado
estranho, você salvou nossas vidas. Eu sou Carl. Não acreditaria que alguém
seria capaz de uma atitude assim nos dias de hoje. Está é minha filha Julia,
hoje é tudo que tenho.
- Não me agradeçam
até estarmos em segurança. Venham!!!
- Essas coisas
mataram minha mãe. Se você tivesse aparecido antes...poderia ter salvado ela.
Quando a garota
me disse isso com lágrimas em seus olhos, eu só desejei que não fosse a pobre
mulher que havia saltado do viaduto naquela madrugada.
Sinto uma certa
angustia em meu coração, assim é Wasteland. Um lugar onde a tolerância com os mais
fracos simplesmente não existe. Mas oque ?? Ei espere, o que é aquilo bem distante ?? Mutantes ?!? Não!!!
- Esperem!!! Olhem,
parece que um grupo está se aproximando ao sul. Droga são alguns super Mutantes
voltando para a cidade. Estão em um pequeno grupo. Estão bem distantes ainda, mas
temos que sair daqui agora !!!
- O que faremos?!!??!!?!!??
- Ali, no
começo do viaduto, há uma casa abandonada. Vamos correr até lá e nos escondermos até que
eles passem.
- E se eles nos
virem?????????
- Então
lutaremos com eles filha, pois não vamos voltar para aquela jaula nunca mais!!!
- Vamos, rápido!!!
Corremos então
até aquela casa com cuidado para não sermos vistos. Meu Pipboy não demonstrou as
ameaças pois estavam muito distantes ainda. Estamos em segurança, com certeza
não nos viram.
Ao fechar a
porta, me viro e presencio um abraço de alívio entre um pai e uma filha que haviam
perdido toda a fé em um mundo cheio de desgraças. O pai apenas dizia para usa
filha que tudo ficaria bem, enquanto ela chorava em seu ombro. Ela dizia:
- Estão todos
mortos pai, todos mortos...snif....snif....
Mesmo não
estando em segurança ainda, com toda certeza este foi o momento mais feliz que
tiveram em muito tempo. Em seguida a garota vem em direção a mim e diz:
- Obrigada por
tudo, eu nunca vou poder retribuir por ter nos salvado...
Finalmente fiz
alguma diferença no que restou deste mundo, mas ainda sim estou preocupado com
nossa situação, ainda não estamos em segurança. Mas ainda receio que a mãe daquela
garota seja a mulher que assombra meus pensamentos. Eu abaixo minha cabeça por
um instante e digo para a garota:
- Eu sinto
muito, por sua mãe. Realmente tivemos muita sorte com aqueles mutantes lá
atrás, eles são impiedosos.
- Sorte? Eles
mataram todos nossos amigos bem na nossa frente. Ontem após uma caçada
frustrada, voltaram tão famintos e furiosos que acabaram com todos nós, só
sobrou eu e minha filha. Eles são a maldição de Wasteland. Uma praga, uma
doença que deveria ser erradicada. Meu filho está com irmandade destruindo
essas coisas. Mas parece que a cada mutante morto surgem 2 em seu lugar.
- Ei, você
disse irmandade de aço ???
- Sim, Willian meu
filho se alistou há muitos anos na irmandade. Mas infelizmente não tenho
notícias dele tem algum tempo. Moramos próximos a Megaton, mas fomos capturados
quando saímos em busca de suprimentos.
- Você jura? Eu
estou em busca da irmandade, preciso muito da ajuda deles.
- Ajuda...??? Sinceramente acho
que dificilmente a Irmandade o ajudará. Eles enfraqueceram muito nos últimos
anos de luta contra os mutantes. É quase impossível deles se envolverem com assuntos de
cidadão comuns.
Neste momento a
garota olha para mim de um jeito diferente e se aproxima de nós.
- Parece incomum
o que eu vou dizer, mas sabia que você me parece muito familiar? Qual é o seu
nome?
- Familiar, rs ? Eu me chamo
Tyller.
- Nossa, você
me lembra alguém. Você se parece muito com a mulher que nos ajudou uma certa
vez...
Meus olhos se
arregalam e meu coração dispara. Poderia ter sido minha mãe ??? Será que
poderia ser ela ??? Finalmente uma pista. Eu seguro elas pelos ombros, enquanto
todo o meu corpo treme, e pergunto:
- Como assim
????? O que aconteceu? Você sabe onde ela está?
- Há muito
tempo atrás estávamos eu e meu irmão vagando em busca de água por aí quando
fomos surpreendidos por um radscorpion gigante. Por sorte uma patrulha da
irmandade de aço apareceu e acabaram com o bicho. Foi por isso que Willian se
alistou na irmandade.
- Como ?? Quando
que aconteceu isso?? O que minha mãe tem com a irmandade ?? Eu preciso saber, você tem que ...
- Fiquem
quietos !!! Façam silêncio agora !!!!! A patrulha mutante está próxima. Vamos
esperar eles subirem o viaduto em direção de sua cidade e sair logo daqui antes
que encontrem as jaulas vazias.
Droga !!! Tantas
perguntas para fazer para essa garota. Eu preciso saber mais…Eu tenho que saber
mais.
- Fique aqui,
temos muito que conversar.
Ela balança a cabeça positivamente pra mim.
Ela balança a cabeça positivamente pra mim.
Me dirijo rapidamente
para uma fresta na parede da casa feita de pedaços de metal, para acompanhar a movimentação
dos mutantes, eles estão se aproximando do viaduto.
Mas o que ??? Eles
passaram do viaduto. Eles não estavam indo em direção ao viaduto. Eles estão
vindo em nossa direção !!! Talvez tenham nos avistado quando viemos
para cá.
Não, não, NÃO!!! Tão próximo de sanar tantas dúvidas. Eu tenho que salvar essas pessoas a todo custo. Não podemos morrer aqui, não posso. Não vou permitir.
Não, não, NÃO!!! Tão próximo de sanar tantas dúvidas. Eu tenho que salvar essas pessoas a todo custo. Não podemos morrer aqui, não posso. Não vou permitir.
- Droga, parece
que eles estão vindo para cá Tyller, o que faremos agora ???????????
- Eu sei, eu sei !!! Tome
essa pistola. Vamos esperar eles se aproximarem ao máximo e faça valer cada
tiro. São apenas 5 brutamontes, nós podemos sobreviver a isso.
- Mas eu mal
sei usar isso, não nos deixe morrer, você tem que encontrar um jeito.
Novamente a
esperança de seus olhos dava lugar ao desespero e angustia. Ele olhava para sua
filha desolado. Sua mão tremia muito enquanto segurava a arma que eu acabara de
te dar.
Eu realmente
não sabia o que fazer. Mesmo se sobrevivermos aos mutantes, os tiros
provavelmente iriam chamar a atenção dos outros em Arefu. Não vejo
muitas chances de sobreviver a isso tudo.
Tudo que temos
são nossas escolhas. Agora me pergunto se realmente Michelle não estava certa.
Penso nela dormindo sozinha naquela loja, em todos no Vault, em minha mãe, no
meu pai e nas duas pessoas que acabei de salvar as quais não posso garantir
suas vidas.
Vou dar tudo de
mim... eu tenho que salva-los e tenho que saber o que houve com minha mãe.
3 Mutantes
ficaram parados próximos da casa enquanto 2 se movem em nossa direção.
Parece que eles vão verificar enquanto os outros ficam de prontidão.
Parece que eles vão verificar enquanto os outros ficam de prontidão.
Olho para a
garota que está novamente chorando. Ela abraça o pai como se fosse a última
vez.
- Eu preciso
que você seja corajosa agora. Se esconda atrás daquele velho armário destruído.
Vai dar tudo certo. E mesmo que aconteça alguma coisa, não saia de lá por nada.
Você entendeu?
- Mas pai, e se
...
- Me obedeça!!!
Vá!!!!!!!!!
Eu carrego a
escopeta de combate e aguardo o mutante que a cada segundo que passa se
aproxima ainda mais da porta da nossa casa. Eu faço sinal para Carl ficar com o
mutante da direita e ao meu sinal abrir fogo.
Ele balança a
cabeça em sinal de positivo. Vejo que a vontade de salvar sua filha é maior que
o medo de perder a vida nesse lugar abandonado. Coragem por muitas vezes não é apenas uma
atitude, mas sim uma necessidade.
O mutante se aproxima...está bem perto agora, ele lentamente abre porta.
- AGORA CARL!!!
E a batalha finalmente começa. Eu acerto a
cabeça do super mutante que explode em miolos e sangue, e rapidamente busco
abrigo atrás de uma antiga estante dentro da casa.
Carl ao mesmo
tempo atira diversas vezes com sua pistola contra o outro mutante que tenta
recuar enquanto dispara com seu rifle de caça. Ferido com pelo menos 8 buracos
de balas em seu peito, ele não consegue mirar corretamente e seus tiros não tem
chance alguma de nos acertar. Ele ainda consegue dar alguns passos para trás enquanto
dispara com sua arma, mas não aguenta e cai sem vida.
Os outros que
estavam mais distantes começam a avançar disparando em nossa direção.
Um dos tiros passa raspando em meu braço esquerdo. Mas dor é um luxo que não posso ter agora. Continuo disparando junto com o Carl de dentro da casa, nos abrigando dos tiros da forma que podemos.
Um dos tiros passa raspando em meu braço esquerdo. Mas dor é um luxo que não posso ter agora. Continuo disparando junto com o Carl de dentro da casa, nos abrigando dos tiros da forma que podemos.
Carl em um tiro
de sorte, incrivelmente acerta bem na cabeça de um deles, agora restam só 2.
- Droga Tyler
eu fiquei sem munição!!!
- Proteja-se
Carl!! Eu tenho uma granada.
Naquele ponto
eu não me importava se chamaria a atenção de quem fosse. Eu só queria
sobreviver daquilo tudo. Eu tiro o pino e cozinho a granada alguns segundos e
respiro fundo. Meu VATS calcula apenas 55% de chance de acerto. Espero que isso seja o suficiente.
Debaixo do
tiroteio eu jogo a granada em direção dos mutantes. A explosão fez com que eles
fossem lançados por pelo menos 6 metros até caírem mortos. Finalmente os tiros
cessam. É quando escuto um choro sútil atrás de mim.
- Pai,
pai...por favor pai, você não pode morrer...
Carl havia
levado um tiro no peito, e já estava sem vida, seu corpo repousava no chão.
Julia fecha seus olhos e desaba sobre o corpo em um choro sem controle.
Julia fecha seus olhos e desaba sobre o corpo em um choro sem controle.
Neste momento
começo a ouvir som de tiros novamente, provavelmente os mutantes da cidade
ouviram todo o barulho que fizemos aqui.
Eu tento tirar
Julia do corpo de seu pai, mas ela insistia em ficar.
- Não, não !!!
Me deixe aqui!!!
- Temos que ir
Julia, vamos!!!
- Não... snif
...snif...paaai !!!
Os tiros fazem
diversos furos por toda a casa. Foi um milagre não termos morrido
ainda. Neste momento vejo que não sairemos desse lugar com vida.
Julia finalmente
é atingida por um tiro em suas costas.
O mundo todo
desaba sobre meus pés. Eu posso ver sua expressão de vida se esvaindo ao cair próxima
do corpo de seu pai. Um mutante tenta adentrar o local, mas eu o acerto com
um tiro, abrindo um enorme buraco em seu peito.
Para minha surpresa escuto um estrondo de um tiro distante
vindo de outra direção, e os tiros em nossa direção de repente cessam. Com certeza é uma arma de longa distância.
O que diabos está
acontecendo lá fora?? Outro mutante tenta se aproximar da nossa casa mas tem sua
cabeça explodida em mil pedaços por um tiro de rifle sniper.
- Michelle, será ???
Com certeza é Michelle. Ela está me dando cobertura.
Por um dos
buracos de bala na parede, pude ver 4 mutantes no viaduto,
disparando em uma direção diferente de onde eu estava. Um a um são derrubados
com tiros certeiros em suas cabeças. E o silêncio novamente dá lugar a um choro
sútil e inocente.
Julia ainda
está viva!!! Eu rapidamente corro em sua direção e seguro sua mão.
- Você está
viva!!! Você não pode morrer Julia !! Eu preciso saber!! Tem tantas coisas que
você tem que me dizer.
- Eu sinto
muito Tyler, obrigada por tentar nos salvar...eu sinto ...muito. Por favor, encontre
meu…cof cof !!! Encontre ...o meu irmão... e dê ...isso a ele, com certeza...
ele fará... de tudo para...te ajudar.
Ela com muita
dificuldade retira uma pulseira e coloca em minha mão.
- Não, Julia!!!
Você tem que viver!!! Me perdoe não conseguir te proteger.
Eu falhei. Eu
falhei com aquelas pessoas. Meus esforços não foram suficientes. Eu sou um
desastre como caçador. Tudo que eu consigo pensar é o quanto minha mãe deve
estar “orgulhosa” de mim. Uma tristeza tremenda envolve meu peito e meus olhos
ficam lacrimejados. Eu falhei como um caçador da noite...eu falhei.
- Me diga por
favor.... Qual era o nome daquela mulher que salvou você e seu irmão?? Você lembra
qual era o nome dela??
-
Sim.................... Seu no....me... era... Nathally.......
Nenhum comentário:
Postar um comentário